20/08/2019 – Licitação para saneamento será realizada ainda este ano

Tudo Rondônia

Um recente estudo do Instituto Trata Brasil, posicionou Porto Velho na última posição do ranking das cem piores cidades, com apenas 3,39% na coleta e tratamento de esgoto

Depois de lançar, na semana passada, o edital para execução do maior pacote de obras de drenagem, pavimentação asfáltica, construção de calçadas e recapeamento de ruas da história de Porto Velho, num investimento superior a R$ 100 milhões, a Prefeitura de Porto Velho prepara-se para a licitação, ainda este ano, das obras de ampliação da rede de água tratada e implantação da rede de esgotamento sanitário, num investimento que, estima-se, chegará perto da casa dos R$ 2 bilhões.

Para o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, 2020 será um ano que entrará para a história de Porto Velho como o ano de resgate de décadas de dívidas com a população, algumas delas seculares, como a implantação da rede de esgoto que será feita por meio de Parceria Público Privada (PPP).

Empenhada desde o ano passado na formatação da PPP do saneamento, a equipe do Conselho Gestor do Programa de Parceria Público-Privada (CGP/PVH) acredita que em pouco tempo começa a fase de audiências públicas, para ouvir a população, fase que antecede a licitação.

A equipe trabalha na atualidade em duas frentes simultâneas: estudo da melhor das três propostas apresentadas e nas negociações com o governo sobre os ativos e passivos da Companha de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd).

Um dos principais compromissos firmados pelo prefeito Hildon Chaves quando ainda candidato, a PPP do Saneamento teve início em maio do ano passado, no intuito de obter estudos de modelagem técnica, econômica e jurídica para embasar futura concessão dos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário.

Inicialmente, cinco empresas foram habilitadas: AEGEA Saneamento e Participações S/A; BRK Ambiental Participações S.A; Saneamento Ambiental Águas do Brasil S/A; Planex S.A Consultoria de Planejamento e Execução e Instituto Gauss. Essas empresas tiveram prazo até abril deste ano para entregar os estudos, porém somente três delas (AEGEA Saneamento e Participações S/A; BRK Ambiental Participações S.A e Saneamento Ambiental Águas do Brasil S/A), fizeram a entrega.

Um recente estudo do Instituto Trata Brasil, posicionou Porto Velho na última posição do ranking das cem piores cidades, com apenas 3,39% na coleta e tratamento de esgoto. Também, pudera. O pouco que existe de rede de esgoto funcionando vem da época dos ingleses, no início do século passado.

Durante o mandato do ex-presidente Lula coincidente com o mandato do ex-prefeito Roberto Sobrinho, o governo federal chegou a liberar mais de R$ 1 bilhão para tratamento de água e esgoto, no entanto, mal as obras começaramforam paralisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por causa de irregularidades. O TCU detectou, por exemplo, que a obra de esgoto foi licitada sem que houvesse o projeto.

“Estimamos que os investimentos em tratamento e distribuição de água oscile na casa dos R$ 300 milhões e outro R$ 1,5 bilhão para o sistema de coleta e tratamento de esgoto. É um processo moroso, burocrático, mas estamos nos cercando de cuidados para fazer tudo dentro da mais estrita legalidade e da forma mais transparente possível, afinal, estamos resgatando uma dívida secular e que vai entrar para a história, sem dúvida”, observa o prefeito Hildon Chaves.

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