01/09/2022 – Washington Reis, candidato a vice-governador do RJ, e Mário Peixoto são alvo de operação da PF sobre contratos milionários da Saúde

TV Globo e g1 Rio
Elza Gimenez e Marco Antonio Martins

Agentes cumpriram mandado de busca contra Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias. A Controladoria-Geral da União afirma que essa organização criminosa “já foi investigada na Operação Favorito, deflagrada em maio de 2020, para a prática de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro”.

Washington Reis (MDB), ex-prefeito de Duque de Caxias e candidato a vice-governador do RJ na chapa de Cláudio Castro (PL), é um dos alvos da Operação Anáfora, deflagrada nesta quinta-feira (1º) pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A força-tarefa investiga um suposto favorecimento na contratação de uma cooperativa de trabalho pela Secretaria de Saúde de Caxias. O contrato e aditivos ultrapassaram R$ 563,5 milhões em pouco mais de dois anos.

Também é alvo Mário Peixoto, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) após a Operação Favorito, de maio de 2020. O empresário é apontado pela Justiça como beneficiário no esquema de corrupção do governo Wilson Witzelque sofreu um impeachment com pouco mais de um ano de governo.

Agentes saíram para cumprir 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nos municípios de Duque de Caxias (3), Maricá (1), Angra dos Reis (2), Mesquita (1), Niterói (1), Nova Iguaçu (1) e na capital (18).

Em nota, Washington Reis confirmou ter recebido agentes da Polícia Federal em sua casa.

“Washington destaca que atendeu os policiais e se colocou à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. A polícia fez o seu trabalho, sem nenhum tipo de interrupção ou dificuldade e nada foi encontrado”, afirma o texto.

O governador e candidato à reeleição ao Governo do Estado, Cláudio Castro, disse, através de nota, que respeita o trabalho da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) e aguarda os desdobramentos da operação.

Até a última atualização desta reportagem, Mário Peixoto não tinha se manifestado. Entre os alvos, também estão empresários, operadores financeiros, “laranjas” e prováveis líderes do esquema criminoso.

De acordo com as investigações, a cooperativa é de uma quadrilha que desvia dinheiro público há anos, principalmente na área da saúde.

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