02/07/2016 – Site denuncia fraude em licitações de material para modalidades olímpicas
Lance
Segundo matéria da ESPN, os valores fraudados passam da casa de R$ 22 mi, e envolvem, até agora, quatro confederações: esgrima, tiro com arco, taekwondo e tiro esportivo
Novamente o esporte olímpico brasileiro está envolvido em polêmicas. Com a realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, as confederações esportivas do país receberam um valor recorde de investimentos de ordem pública e privada e, segundo uma matéria do site da ESPN no Brasil, ao menos R$ 22 milhões que deveriam ser destinados a equipamentos aos atletas foram desviados.
Pelo menos quatro confederações olímpicas e uma paralímpica fariam parte de um grande esquema que teria fraudado licitações e superfaturado compras. Os itens, licitados e comprados com dinheiro do Ministério do Esporte, teriam sido fraudados nas confederações de esgrima, tiro com arco, taekwondo, tiro esportivo e na Associação Brasileira de Voleibol Paralímpico, além de clubes que patrocinam atletas olímpicos.
O caso é investigado pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor), no Rio de Janeiro. Em uma das compras, a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) recebeu R$ 3 milhões para adquirir filmadoras, computadores, entre outros produtos de informática. A entidade informou ao Ministério que teria gasto, por exemplo, R$ 2,4 mil em cada câmera, mas a empresa em Saquarema (RJ) forneceu objetos avaliados em R$ 200.
Em outros casos, ainda envolvendo a CBTKD, foi aberta uma licitação para a aquisição de tatames, sendo que a empresa vencedora é uma distribuidora de bebidas, que nega ter participado da concorrência no valor de R$ 432 mil.
Essa não é a primeira vez que as confederações olímpicas brasileiras têm os nomes envolvidos em polêmicas. Apenas durante o ciclo olímpico de 2012-2016, diversas entidades tiveram seus administradores sofrendo algum tipo de denúncia de má gestão.