02/08/2016 – CPI vai apurar placa de táxi sem licitação em Colatina
Folha Vitória
Secretário de Transporte terá de explicar por que a pasta concedeu placas de táxis sem a ocorrência de licitação, além da existência de permissionários de táxis que não trabalham no veículo
Na próxima segunda-feira (8) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia dos Guinchos vai ouvir o depoimento do secretário municipal de Transporte, Trânsito e Segurança Pública de Colatina, Carlos Eduardo Messa Barbosa, para dar explicações sobre denúncia de que a pasta na qual ele é titular concedeu placas de táxis sem a ocorrência de licitação, além da existência de permissionários de táxis que não trabalham na condução do veículo.
“A denúncia dá conta de que dois os três funcionários municipais teriam sido beneficiados, bem como um policial da cidade identificado apenas pelo nome. O denunciante também informou que existem no município permissionários que não trabalham no táxi. Por conta disso nós convocamos as autoridades responsáveis pelo setor para apurar essas informações. Na oportunidade também vamos estar ouvindo os responsáveis pelo estacionamento rotativo em Colatina, já que a CPI continua recebendo reclamações de usuários”, declarou a relatora da CPI, deputada Janete de Sá (PMN).
Vitória
Três possíveis procuradores permissionários (detentores de placas de táxis) de Vitória convocados pela CPI, prestaram esclarecimentos ao colegiado nesta segunda-feira (1°) e negaram as denúncias. O primeiro a ser ouvido foi Josias José Cerqueira, que já trabalhou como taxista. Ele disse que não atua na área há mais de 20 anos e que desconhece procurações em seu nome.
“Tem mais de 10 anos que não entro na prefeitura de Vitória e garanto que não tenho táxi. Vivo da minha aposentadoria de portuário. Não tenho segredo porque acredito que não fiz nada errado”, garantiu.
Em seguida, o colegiado ouviu Carlos Roberto Agne que negou que as cinco procurações existentes em nome de Carlos Roberto Agne Filho, seu filho, pertençam a ele. “Não tenho táxi em lugar nenhum. Tenho deficiência visual e nunca tive táxi em lugar nenhum”, esclareceu.
Janete de Sá perguntou a Agne porque ele é conhecido como “barão do táxi” e mais uma vez ele negou ter qualquer ligação com o setor. Já Carlos Roberto Agne Filho, afirmou que as procurações existentes em seu nome, eram para realização de serviços de transferência de veículos. “Não administro táxi por procuração, eu apenas uso para serviços como, por exemplo, troca de veículo. Faço isso devido à dificuldade burocrática para transferir um carro de táxi”, frisou.
Por fim, ele garantiu que os serviços prestados eram sem qualquer tipo de remuneração. “Não faço administração nenhuma de táxis, apenas ajudo e ganho a fidelidade dos clientes para serviços mecânicos na minha oficina”, completou.