07/11/2021 – Prefeitura fecha as contas dos prejuízos com compras de equipamentos na China
Extra
Berenice Seara
Equipamentos comprados pela Secretaria Municipal de Saúde Foto: Edvaldo Reis / Divulgação / Prefeitura do Rio
Além de concluir os trabalhos da Comissão de Investigação Preliminar sobre as compras de equipamentos médicos feitas pela gestão Marcelo Crivella (Republicanos), a Prefeitura do Rio fez as contas para traçar um desenho dos maus negócios — em números.
Só com a China Meheco Corporation, foram contratados R$ 302,9 milhões — embora só tenham sido efetivamente pagos R$ 112,2 milhões (cerca de 37% do valor total).
O material distribuído para as unidades de saúde, mas que não foi instalado — na maioria das vezes, porque não há condições físicas adequadas, como uma rede de energia compatível — soma R$ 17,5 milhões.
No depósito da empresa Milano em Xerém, Duque de Caxias, alugado pela prefeitura para guardar equipamentos que nem chegaram a ser distribuídos, dormem aparelhos orçados em R$ 42,7 milhões.
E para guardar a traquitana, o município desembolsou, só em agosto, R$ 174,7 mil.
Desaparecidos
Para piorar, equipamentos que, somados, valem R$ 6,9 milhões sequer foram localizados.
Responsáveis
O relatório da Comissão de Investigação Preliminar da Prefeitura do Rio conclui que “há fundados indícios de direcionamento na licitação e da falta de planejamento na aquisição de equipamentos” com a China Meheco.
Sugere que sejam aprofundadas as investigações de modo a, “se for o caso, apurar responsabilidades”.
Providências
O processo passa agora às mãos da Controladoria Geral do Município (CGM), responsável por continuar as apurações.
E cópias do relatório provisório foram enviados ao Tribunal de Contas do Município (TCM) e ao Ministério Público.