07/09/2017 – Estado negociará imóveis em Bauru
JC Net
Tisa Moraes
Prédio do DER poderá ser parcialmente vendido, arrendado ou alugado; governo garante que órgãos públicos instalados no local não serão desalojados
Localizado na quadra 13 da avenida Cruzeiro do Sul, o prédio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) poderá ser parcialmente vendido, arrendado ou alugado pelo governo paulista, que anunciou, na última semana, a criação do Fundo de Investimento Imobiliário do Estado de São Paulo (FII). Por meio dele, inicialmente, 267 imóveis existentes em todas as regiões do Estado poderão ser negociados.
Em Bauru, além do prédio do DER, foram listados entre esses mais de 200 bens outros dois imóveis para as transações: um terreno de 260 metros quadrados localizado na quadra 2 da rua Octávio Mangabeira – que abrigou, no passado, uma delegacia de polícia – e uma área de 68 mil metros quadrados às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), a Bauru-Jaú, no quilômetro 231.
Atualmente, funcionam no mesmo imóvel da diretoria regional do DER escritórios do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e da Casa Civil. No mesmo terreno, que possui 90 mil metros quadrados, também estão instalados o 2.º Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a Emei Leila de Fátima Alvarez Cassab.
Por meio de nota, o Conselho do Patrimônio Imobiliário do Estado de São Paulo reforçou que “não é objetivo do Estado desalojar os órgãos públicos atualmente instalados no local”, já que “há entendimentos de que as negociações se deem apenas parcialmente no caso das sedes regionais do DER”. A assessoria de comunicação do departamento reforçou que a diretoria regional “não deixará de prestar serviços aos usuários da região”.
PRIMEIRO FUNDO
Segundo a assessoria do governo do Estado, o FII é o primeiro fundo imobiliário do Brasil, criado para “otimizar e racionalizar os recursos públicos”, por meio do “ingresso de valores no Tesouro Estadual e da redução de despesas administrativas e de custeio”.
A carteira reúne mais de 5 mil imóveis avaliados em R$ 1 bilhão. Nesta primeira oferta ao mercado, contudo, foram selecionados 267 imóveis com documentação mais regularizada e que podem ser vendidos com maior facilidade.
No estoque, estão imóveis comerciais, residenciais, terrenos, barracões, oficinas e ginásios incorporados pelo Estado. “Assim, teremos mais recursos para investir naquilo que interessa à população e, por outro lado, atrair investimentos”, destacou, por meio da assessoria, o governador Geraldo Alckmin, salientando a existência de áreas bem localizadas que poderão ser exploradas por empresas.
Para administrar e operar a carteira de imóveis, o Estado irá contratar um gestor por meio de pregão presencial, que será realizado no dia 22 de setembro, na Capital. “Não é expertise do governo vender imóveis. Nos últimos três anos, por exemplo, foram colocados à venda imóveis que somam R$ 380 milhões e apenas 8% foi vendido porque publicar no Diário Oficial não é a forma mais moderna de vender ativos”, disse Alckmin.
A Companhia Paulista de Parcerias (CPP), ligada à Secretaria da Fazenda, será responsável por conduzir a licitação, contratar o administrador e acompanhar a gestão do fundo com o agente privado. O edital, fruto da consulta pública realizada entre abril e maio pelas secretarias da Fazenda e de Governo, foi publicado na edição de 24 de agosto do Diário Oficial do Estado.