11/08/2017 – Operação Carnê da Alegria: 5 são presos em investigação sobre fraude em licitação em Caldas Novas
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Durante a ação, que contou com o apoio da Polícia Civil, um mandado de condução coercitiva acabou convertido em prisão temporária
Cinco pessoas foram presas e amplo material, incluindo CPUs, pen drives, documentos diversos, carnês de IPTU e R$ 32 mil em espécie, foram apreendidos durante a Operação Carnê da Alegria, deflagrada nesta quinta-feira (10), pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). O objetivo era desarticular uma associação criminosa que atuava fraudando licitações da impressão do carnê de IPTU da Secretaria de Finanças da prefeitura de Caldas Novas. Durante a ação, que contou com o apoio da Polícia Civil, um mandado de condução coercitiva acabou convertido em prisão temporária.
Em entrevista à imprensa, os promotores Cristhiano Menezes da Silva Caires e Pedro Eugenio Benatti, titulares da 2º e da 5ª Promotorias de Caldas Novas, esclareceram detalhes da investigação. Eles explicaram que a apuração do MP-GO teve início a partir do início do procedimento licitatório para impressão dos carnês. O que chamou a atenção, pontuaram, foi o fato de que, uns três meses antes da concorrência, houve um procedimento de dispensa de licitação para o serviço e, depois, foi aberta a licitação com o valor dez vezes superior ao que já tinha sido pago. Eles também salientaram que o próprio município contava com equipamento capaz de fazer a impressão dos carnês, sem necessidade de terceirizar.
Os promotores informaram que, nos próximos dias, vão começar a analisar o material apreendido, com o objetivo de concluir a investigação no menor prazo possível e oferecer a denúncia à Justiça. Eles observaram ainda que os fatos apurados podem ensejar também a responsabilização criminal quanto na área cível. Entre os crimes investigados estão peculato, falsificação de documentos e associação criminosa.
Para a operação em Caldas Novas, as promotorias locais tiveram o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, do Centro de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional. Estiveram envolvidos na ação 7 promotores de Justiça, 4 delegados de polícia e 19 agentes, além de oficiais e servidores do MP.