12/01/2018 – Bombeiro do DF é preso em operação da polícia contra parcelamento ilegal de terras
G1 – DF
Operação Déjà-vu cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e 5 de prisão temporária. Parcelamento ocorria em Colônia Agrícola Águas Claras; bombeiro é alvo da Polícia Civil pela 3ª vez.
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu temporariamente um bombeiro na manhã desta sexta-feira (12) apontado como líder de grupo que parcelava terrenos irregulares na Colônia Agrícola Águas Claras.
A operação, intitulada Déjà-vu, também cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e outros 4 de prisão temporária. Nas casas dos suspeitos, foram recolhidos computadores, documentos e celulares. Os alvos também são suspeitos de associação criminosa, lavagem de dinheiro e de causar dano ambiental.
De acordo com a Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente (Dema), responsável pelas investigações, os suspeitos parcelaram a chácara nº 12 em 20 lotes, que foram vendidos pelo preço médio de R$ 250 mil. A grilagem das terras começou em 2014.
Ainda segundo a polícia, o grupo também parcelou o assentamento “26 de setembro”, na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires. Neste mesmo local, o filho do bombeiro é apontado como responsável pelo desabamento do prédio que soterrou um operário em outubro.
Quantos aos moradores, a delegada-chefe da Dema, Marilisa Gomes, disse que, mesmo tendo sido enganados, eles podem ser desapropriados. As terras são da Terracap e estão em uma área de preservação ambiental.
Bombeiro suspeito
Segundo a polícia, esta é a terceira vez que o bombeiro é detido. Na primeira, em 2011, ele estava entre os investigados da Operação Acton, que revelou um suposto esquema de cobrança de propinas para liberar obras irregulares no DF.
Durante a operação, quatro auditores da Agência de Fiscalização (Agefis), três empresários e cinco grileiros foram presos. Na época, a polícia afirmou que o grupo exigia propina para liberação de obras irregulares em Vicentes Pires e em Ceilândia.
O bombeiro foi preso temporariamente pela segunda vez em 2016, na Operação Sentinela. As investigações apuravam o envolvimento de um grupo em crimes contra a ordem tributária, fraudes em licitações, improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.