14/05/2021 – Deputado e ex-deputado são alvos de operação que apura fraude em licitação de transporte em MT
G1 – MT
Está sendo cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões.
O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), o ex-deputado Pedro Satélite (PSD) e uma assessora parlamentar foram alvos de uma operação na manhã desta sexta-feira (14) realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso.
A terceira fase da Operação Rota Final apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT).
À TV Centro América, o ex-deputado Pedro Satélite confirmou, por telefone, que o Gaeco foi até a casa dele. Disse que ‘está tranquilo com relação à investigação já que não tem nada a temer’.
O deputado estadual Dilmar Dal Bosco confirmou que foi alvo de um mandado de busca e apreensão na casa dele em Sinop e que não entende o motivo do mandado, uma vez que teria prestado depoimento no processo.
Ele teve apreensão de bens e documentos e negou que é réu no processo que apura a fraude.
O deputado, que é vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e líder do governo na ALMT, está em Alta Floresta cumprindo agenda com o governador Mauro Mendes (DEM).
A licitação é promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER-MT).
Em nota, o governo de Mato Grosso esclareceu que a “Operação Rota Final” se trata de investigação iniciada em 2018 e é referente às gestões passadas.
“O governo reforça que apoia a investigação e irá colaborar com as autoridades de controle sempre que solicitado”.
Operação
Os agentes policiais também devem cumprir ordem de prisão preventiva contra um empresário que seria o líder da organização criminosa.
Ainda, devem impor o uso de tornozeleira eletrônica no representante do Sindicato dos Empresários do Setor de Transporte Intermunicipal de Passageiros (SETROMAT), que, por sua vez, está proibido de se ausentar de Mato Grosso, frequentar alguns órgãos públicos e manter contato com outros investigados.
Está sendo cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões, abrangendo vários imóveis, duas aeronaves, vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes.
A investigação, iniciada na Polícia Civil de Mato Grosso, foi encaminhada, com autorização do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em meados de 2019.
Mais de 20 pessoas são investigadas, dentre eles alguns empresários e dois parlamentares estaduais.