17/01/2015 – Nota oficial da Força Sindical sobre licitação da Petrobras somente para grupos estrangeiros vai resultar em desemprego
SEGS
NOTA OFICIAL DA FORÇA SINDICAL SOBRE LICITAÇÃO DA PETROBRAS SOMENTE PARA GRUPOS ESTRANGEIROS VAI RESULTAR EM DESEMPREGO
FONTE/AUTOR.: FORÇA SINDICAL
Licitação da Petrobras somente com grupos estrangeiros vai trazer desemprego para cerca de 300 mil trabalhadores e prejuízos à indústria nacional
Causou-nos estranheza e indignação a decisão da Petrobras em publicar um edital de licitação para contratar blocos destinados à construção dos equipamentos da indústria naval no País através de grupos estrangeiros, proibindo, arbitrariamente, a participação de empresas brasileiras nos serviços. Vale ressaltar que esta nefasta e desastrosa medida da Petrobras pode representar a demissão imediata de cerca de 100 mil trabalhadores da indústria naval, que se somam aos 200 mil empregos indiretos na cadeia produtiva.
Esta medida da direção da Petrobras é um verdadeiro boicote à indústria nacional. Entendemos que os desmandos ocorridos na Petrobras devem ser apurados, e os envolvidos punidos no rigor da Lei. Ajustes devem ser feitos. Agora, o que não podemos é penalizar os trabalhadores e acabar com a possibilidade de melhora, com o desenvolvimento da indústria nacional e com o fortalecimento do conteúdo nacional devido aos problemas ocorridos na maior empresa brasileira.
Os sindicatos ligados aos setores envolvidos, e que representam os terceirizados da Petrobras, realizarão, no início da próxima semana, uma reunião para discutir a postura da Petrobras, que configura um início de estrangulamento na melhora da indústria naval e do fortalecimento deste importante setor. A reunião também irá debater o início de um processo de mobilização com diversos sindicatos para protestar contra a decisão da empresa. É importante destacar que os dirigentes não descartam uma greve geral no setor.
A retirada das empresas brasileiras dos editais atenta contra o objetivo da criação de empresas competitivas e geradoras de tecnologias. Portanto, é totalmente desfavorável aos interesses do País.