19/03/2018 – PGR reforça denúncia contra o ´quadrilhão do PP´
Paraiba On-line
Em recente manifestação ao Supremo Tribunal Federal, conforme o ´Estadão´, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu o recebimento integral da denúncia de formação de organização criminosa por políticos do Partido Progressista com atuação no âmbito da Petrobras.
Dodge afirma que o esquema de corrupção na estatal, sobretudo na Diretoria de Abastecimentos, revelado na Operação Lava Jato, gerou pelo menos R$ 377 milhões em propinas ao núcleo político composto pelos denunciados.
A denúncia do “quadrilhão do PP”, como ficou conhecido este inquérito, foi feita pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot semanas antes do fim do mandato em setembro de 2017.
Janot também fez três outras denúncias de organização criminosa na Lava Jato – contra políticos do PT, contra membros do MDB da Câmara e contra membros do MDB do Senado.
Apresentaram resposta à denúncia, pedindo a rejeição da acusação, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) – presidente do Partido Progressista – e Benedito de Lira (PP-AL); os deputados federais Arthur Lira (PP-AL), Eduardo da Fonte (PP-PE), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG), Nelson Meurer (PP-PR) e o paraibano Aguinaldo Ribeiro.
A certa altura de suas alegações, Dodge sublinha que utilizando-se dos mandatos parlamentares e na qualidade de membros do Partido Progressista, “integraram pessoalmente o núcleo político de uma grande organização criminosa estruturada para arrecadar em proveito próprio e alheio vantagens indevidas no âmbito da Administração Pública Federal direta e indireta”.
Segundo a chefe da PGR, o grupo atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas e que envolvia a prática de crimes em série, entre os quais, é possível mencionar fraude à licitação, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos.
*fonte: estadao