19/04/2013 – Prefeitura ganha menos em licitações

Valor Econômico

Apenas R$ 1,99. É o que a cidade de Indaiatuba (SP) conseguiu acrescentar ao lance mínimo de R$ 8 milhões que fixou para o leilão de sua folha de pagamentos. Com a chegada da portabilidade, os poucos municípios que têm obtido sucesso ao vender aos bancos o acesso aos seus empregados não estão conseguindo ir muito além dos preços mínimos, mesmo após reduzir bastante esse valor.

As vendas bem-sucedidas foram feitas por diferenças simbólicas em relação aos lances mínimos, um reflexo do menor interesse dos bancos por esse tipo de ativo.

Em Carazinho (RS), a folha de pagamentos de 2.207 servidores públicos ficou com o Itaú Unibanco por poucos reais acima do lance mínimo, de R$ 1,3 milhão. Até o ano passado, a folha pertencia ao Banrisul, que não demonstrou interesse no leilão deste ano.

Já a folha de 1,4 mil funcionários de Artur Nogueira (SP) foi levada pela Caixa em fevereiro, a única instituição a participar da licitação, por um valor residual acima do mínimo, de R$ 1,8 milhão.

Em Maricá (RJ), os três bancos que compareceram ao último leilão, em janeiro, não fizeram propostas pela folha de 7 mil servidores. O lance mínimo foi de R$ 5 milhões. A folha pertencia ao Banco do Brasil, vencedor do penúltimo leilão em 2007, mediante um lance mínimo maior, de R$ 8 milhões.

No entanto, ainda restam folhas que geram disputa. É o caso da de Campos dos Goytacazes (RJ), com 20 mil funcionários. O último leilão, realizado em janeiro, foi levado por um lance R$ 8,5 milhões superior ao mínimo de R$ 20 milhões. Dois bancos compareceram ao leilão e o Santander, que já era dono da folha, levou a melhor. Mas a folha ficou bem mais em conta. Há cinco anos, o banco tinha pago R$ 50 milhões por ela.

Em Salvador, a administração tentou leiloar duas vezes a folha, por um mínimo de R$ 80 milhões. Sem ver interessados, a prefeitura partiu para uma negociação direta. Nisso surgiram três propostas: Caixa, Banco do Brasil e Bradesco, cujas ofertas foram de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões. A cidade ficou com a maior, feita pelo Bradesco. “Não é um dinheiro nada desprezível, principalmente para uma gestão que acabou de começar”, diz o secretário da Fazenda, Mauro Costa, da equipe do prefeito ACM Neto (DEM).

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