24/05/2015 – Procuradoria mira 23 empreiteiras por combinar licitações da Petrobras
EM
Eduardo Militão
Curitiba – A força-tarefa da Operação Lava-Jato vai pedir a abertura de ação criminal por formação de cartel contra as 23 empresas investigadas por combinar licitações na Petrobras. Segundo delatores do caso, as obras eram superfaturadas em 3%, e o adicional, repassado como propina a políticos e a funcionários da estatal. A maioria das construtoras acusadas nega irregularidades, mas o executivo Augusto Mendonça, da Setal, fechou acordo de leniência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) confessando a prática e acusando as concorrentes. Os procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Deltan Dallagnol afirmam que as provas são “cheias de evidências” da formação de cartel.
A lista de empresas está na Superintendência-Geral do Cade, que investiga o cartel, mas o órgão não deve concluir seu trabalho antes de agosto. Os procuradores dizem que vão aguardar o fechamento da investigação no Cade para reforçar a peça acusatória. “Nenhuma dessas empresas vai escapar da denúncia do cartel”, avisa Lima. Engevix, OAS e Galvão Engenharia negociam leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Procuradas, Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e Construcap negam irregularidades. Engevix e Schahin nada esclareceram. Camargo Corrêa, UTC, Iesa, Mendes Jr., MPE, Promon, Skanska, Techint, Alusa, Carioca e Fidens não se pronunciaram. GDK, Tomé Engenharia e Jaraguá Setal não foram localizadas.