27/04/2018 – Prefeito de Paranapanema tem mandato cassado por dispensa de licitação

G1 Itapetininga e Região

Vereadores cassaram mandato de Antônio Nakagawa (PV) por 6 votos a 3. Chefe do Executivo não pôde comparecer à sessão por problemas de saúde. Sessão extraordinária para posse do vice-prefeito José Maria Alves (PV) será às 14h.

O Prefeito de Paranapanema (SP) Antônio Hiromiti Nakagawa (PV) teve o mandato cassado por seis votos a três durante sessão extraordinária que começou às 20h desta quinta-feira (26) e terminou às 4h desta sexta-feira (27).

Uma Comissão Processante foi aberta no final de janeiro deste ano para apurar cinco denúncias contra o prefeito apresentadas por quatro moradores da cidade, entre elas a dispensa de licitação.

Antes de começar a sessão, o prefeito enviou um oficio pedindo o adiamento da votação, alegando que não poderia participar porque está internado em um hospital em São Paulo após sofrer um mal súbito.

No entanto, o Presidente da Câmara Arimatéia Camargo da Silva (PSD) não aceitou o pedido de adiamento informando que isso não seria possível devido ao prazo legal para votação estar chegando ao fim.

De última hora ele também mudou de advogado e quem o defendeu durante a sessão foi o advogado Hidaldgo Freitas, indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local, que estava de prontidão e assumiu o caso.

“A comissão foi formada por unanimidade e hoje ele acabou sendo cassado por 6 votos a 3. Pela documentação apresentada, não vejo motivo pela cassação, eu vejo mais como algo politico”, explica.

Como a decisão de cassação é imediata, uma sessão extraordinária já foi marcada para às 14h para oficializar a posse do vice-prefeito José Maria Alves (PV).

Denúncias

Das denúncias apresentadas, a Comissão Processante julgou como procedentes a locação de um prédio para ser usado como sede da subprefeitura e também por projetos da Secretaria de Educação, no distrito de Campos de Holambra.

Segundo a denúncia, o contrato teria sido feito com dispensa de licitação, no valor de R$ 5 mil mensais, quantia que estaria muito alta já que outro prédio, no valor de R$ 934 mensais, já estava alugado para ser usado como subprefeitura. Além disto, a prefeitura teria pago ao longo de 2017 o aluguel sem nem mesmo usar o prédio.

A denúncia também apontou como procedente a ausência de publicações dos relatórios sobre a gestão fiscal do município no Portal da Transparência e a falta de relatório anual com resumos de obras executadas pela prefeitura.

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