27/11/2013 – Emergência na renovação de contrato
Correio Braziliense
A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) firmou contrato emergencial com o consórcio Metroman, o mesmo à frente do contrato em vigência. As empresas devem receber R$ 43 milhões pelos serviços prestados. De acordo com a diretora-presidente do Metrô-DF, Ivelise Longhi, o valor atual é 30% menor que o anterior para manutenção de trens, maquinário, peças, trilhos, telefonia e computação.
A contratação foi realizada sem licitação porque, segundo Ivelise, o edital para a concorrência pública já passa por avaliações do Tribunal de Contas do DF (TCDF) há cerca de dois anos. “Estamos nos adaptando às exigências impostas por eles, como realização de audiências públicas e divisão do edital em vários lotes de serviços”, explicou a diretora. Ela assegura que, assim que o processo for autorizado e não existirem embargos, pode ser concluído em até 90 dias. O consórcio é constituído pelas empresas Serveng-Civilsan S.A Empresas Associadas de Engenharia e MGE-Equipamentos e Serviços Ltda. Ele presta serviços de manutenção corretiva e preventiva, incluindo o fornecimento de materiais ao sistema.
O consórcio Metroman, formado pela Siemens e Serveng-Civilsan, atua no DF desde 2007, ambas suspeitas de participarem do conluio para combinar preços para o serviço. Licitações ocorridas entre 1998 e 2008, nos sistemas de transporte metroviário e ferroviário de São Paulo e de Brasília, teriam sido objetos de fraude. A investigação ocorre desde 2008, mas ganhou visibilidade em agosto, depois de a notícia de que a Siemens delatou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a existência de um conluio entre empresas para ganhar licitações, aumentando os valores cobrados para instalar trens e metrô no Estado, com aval do governo.