15/12/2017 – Indústria química de Uberlândia é investigada por fraudar licitações com prefeituras
G1 Triângulo Mineiro
Mandados de busca e apreensão são cumpridos na sede da empresa e na casa dos proprietários. A empresa se posicionou dizendo que é vítima e colabora no esclarecimento dos fatos.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desencadeou, nesta sexta-feira (15), uma operação que investiga a indústria do setor químico, em Uberlândia, cujos proprietários são suspeitos de fraudarem licitações em diversos municípios de Minas e de outros estados.
Três mandados judiciais de busca e apreensão são cumpridos desde o início da manhã nos bairros Distrito Industrial, Cidade Jardim e Morada da Colina, sendo a sede da indústria e residências dos proprietários. Por meio da assessoria jurídica, a empresa informou que está ajudando a esclarecer os fatos. (Confira abaixo a íntegra)
Conforme o MP, as investigações apontam a criação de um esquema com a utilização de interpostas pessoas físicas e jurídicas (laranjas) nas habilitações em processos licitatórios promovidos por prefeituras e órgãos da administração pública.
Para dificultar o êxito das empresas concorrentes, em um único certame eram habilitadas diversas empresas utilizadas pelo esquema criminoso.
A investigação teve início a partir de informações eletrônicas apreendidas em computadores de investigados na Operação Serendipe, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia, e que apurou ilícitos penais diversos praticados por policiais civis e empresários vinculados à empresa investigada.
O material foi compartilhado, com autorização da Justiça, com as Coordenadorias Regionais das Promotorias de Justiça do Patrimônio Público e Ordem Econômica e Tributária e ocasionou o ajuizamento das medidas judiciais cumpridas nesta sexta (15).
Os nomes das cidades envolvidas nas licitações não foram citados pela promotoria, nem mais detalhes sobre a investigação.
A operação do Ministério Público é feita por meio das Coordenadorias Regionais das Promotorias de Justiça da Ordem Econômica e Tributária do Triângulo e Noroeste de Minas Gerais e do Patrimônio Público do Triângulo Mineiro. Participam da operação 11 auditores fiscais da Receita Estadual, 20 policiais militares e dois promotores de Justiça.
Posicionamento
Por email a assessoria da empresa se pronunciou. Confira o que diz a nota.
A empresa está surpresa e abomina qualquer tipo de irregularidade. A empresa, com 30 anos de mercado, não pode ser responsabilizada por ato de algum cliente isolado que revende seus produtos. Entende que, além de ser vítima, está ajudando ativamente o poder público para esclarecer os fatos e busca entender quem está usando seu nome de forma irresponsável.”