23/05/2016 – Burocracia atrasa retomada das obras de postos da PRF em SC
G1 SC
No Oeste de Santa Catarina, dois postos da Polícia Rodoviária Federal, em Joaçaba e Campos Novos, ficaram com as obras pela metade, depois que a empreiteira responsável abandonou o serviço. Apesar de o governo federal ter liberado recursos para a retomada, as atividades estão paradas, por causa da burocracia da licitação, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina.
Os dois postos começaram a ser construídos em janeiro de 2014 e a promessa era de que ficariam prontos em seis meses. A empreiteira pediu para prolongar o prazo em 120 dias, nmas acabou abandonando o trabalho.
No final de 2015, a PRF fez uma nova licitação, mas a única empresa participante foi reprovada por falta de documentação. Inicialmente, cada posto custaria em torno de R$ 1,9 milhão, mas agora, depois de paralisada, com as readequações do projeto, o custo deve aumentar em pelo menos 50%.
“As nossas planilhas orçamentárias foram revisadas e atualizadas, a nossa comissão de licitações vai encaminhar nos próximos dias para a consultoria jurídica da Advocacia Geral da União para que no prazo de 15 dias úteis sejam analisadas. Se não houver alteração, retornam à PRF para o lançamento da concorrência, que não pode ser menos do que 30 dias”, disse o inspetor da PRF Jocelito Figueiredo.
Policiais e população lesados
Enquanto os postos não ficam prontos, as consequências ficam para os policiais e para quem depende da ajuda deles. Na teoria, a cada 70 quilômetros devia ter um posto policial, mas, na prática, a realidade é outra.
No entroncamento da BR-282 com a BR-153 até a BR-470 em Campos Novos, há apenas um posto em funcionamento, o que dificulta o trabalho da polícia. Em alguns casos, é preciso esperar mais de uma hora pelo atendimento. De acordo com a PRF, quando os postos ficarem prontos, só a região de Joaçaba terá dez novos profissionais.
“Teremos maior rapidez no atendimento das ocorrências. Atualmente, temos unidades atendendo quase 200 quilômetros. Então, se os policiais estiverem em um atendimento de emergência, se ocorrer outro, no mesmo momento, em um local distante, o cidadão terá que esperar por atendimento. Estamos otimistas de que ainda este ano teremos as obras concluídas”, disse Figueiredo.