09/01/2011 – Gasto, só com aval do conselho econômico
Diário de Cuiabá
Ana Rosa Fagundes
Medida imposta pelo governo do Estado tem a meta de conter qualquer excesso. Para isso, compras só após passar pelo crivo do Conselho
Gastar só o que tem em caixa. A determinação é do governador Silval Barbosa (PMDB) para este primeiro ano de governo. Todo pedido de compra passará por análise do conselho econômico do governo. “Arrecadou, efetuou o gasto. O contrário, de maneira alguma”, avisa Edmilson dos Santos, secretário de Fazenda do Estado (Sefaz), em entrevista concedida ao Diário nesta semana.
Conforme Edmilson, o contingenciamento nas contas do Estado não afetará as áreas constitucionais, como Saúde e Educação. Além disso, a Secretaria de Segurança também não deve sofrer com a escassez de dinheiro, já que o setor é uma das prioridades do governo, conforme prometido em campanha.
Edmilson do Santos está à frente da Pasta desde março do ano passado substituindo Éder Moraes, que foi para a chefia da Casa Civil. No entanto, ele está na Sefaz há sete anos, no cargo de secretário-adjunto do Tesouro. Nesta conversa, ele conta “o segredo” da política tributária da Sefaz nos últimos anos, quando houve um aumento na arrecadação: desoneração de alguns setores e a cobrança apenas daquilo que é devido.
Para o exercício 2010, a arrecadação foi prevista em R$ 9,8 bilhões. As contas ainda não foram finalizadas, porém ele adianta que os números devem ficar dentro do previsto. Já para 2011, numa previsão otimista, o secretário prevê aumento arrojado de 10% na arrecadação do Estado, chegando a um orçamento de R$ 11,2 bilhões, somando aí os empréstimos e contratos para a Copa do Mundo.